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Ficha de inscrição

Diagnóstico:

 

- O Convento da Graça é Monumento Nacional;

- O Convento da Graça é um imóvel imponentíssimo, está inserido numa zona das mais bonitas e movimentadas de Lisboa;

- O Convento da Graça desfruta de uma situação privilegiada em termos de localização;

- O Convento da Graça continua, na sua maioria, a ser um espaço ao abandono, com apenas 1.200 dos seus 7.000 m2 ocupados, e cerca de  20.500 m2 de área descoberta ao desleixo;

- O Bairro da Graça necessita de mais atenção no que se toca à habitação e reabilitação urbana, à oferta de transporte público, ao estacionamento automóvel, etc.


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Medidas:

 

1. Convento da Graça

 

 - Negociar com o Ministério da Defesa a cedência do edifício a título definitivo;

 

- Proceder à recuperação do convento com vista à instalação da Orquestra Metropolitana de Lisboa, de forma definitiva;

 

- Reservar parte do espaço conventual para ensino em regime de semi-internato, uma vez que há que apostar na formação de jovens músicos do interior do país;

 

- Incrementar a utilização do miradouro, claustro e igreja para concertos.

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2. Bairro da Graça:

 

Negociação com a Carris do lançamento de uma linha de metro ligeiro de superfície, de pequeno porte, que permita a ligação rápida e não poluente entre Largo da Graça-Av. Gen. Roçadas-Paiva Couceiro – Av. Afonso III- Estação Santa Apolónia;

 

-  Assumir as recomendações do PDM no sentido de reaver para a Graça o Cine Royal como pólo cultural, como defendido, aliás, pela Junta da Graça (o supermercado que actualmente ali existe poderá ser transferido para outro local, igualmente central);

 

- Instalação de sistema de controlo de trânsito semelhante ao já instalado em Alfama, Bairro Alto, Bica e Castelo: Largo da Graça / R. Damasceno Monteiro, R.Voz do Operário / Calçada S.Vicente, Calçada da Graça / Largo Rodrigues de Freitas;

 

-  Reabilitação do Jardim da Calçada do Monte e requalificação do espaço: com instalação de bancos e do arranjo do jardim;

 

-  Criação de um silo-auto no terreno da EPUL, na Rua Dmasceno Monteiro, no baldio pouco antes do restaurante “Via Graça” (e NÃO depois deste, como tem sido propalado, já que inviabilizaria por completo o sistema de vistas); ou, em alternativa, aproveitando o Quartel da Graça (com entrada ao fim da mesma rua … aliás, o mesmo já serve para parqueamento … de alguns), ou, por último, e muito mais plausível: construção de silo no mercado do Forno do Tijolo (já tem espaço de estacionamento, inclusive).

Pode ler-se no sítio do IPPAR:
 
"Fundado num dos morros altaneiros da cidade, à época da Reconquista cristã, para frades eremitas calçados de Santo Agostinho, o Mosteiro da Graça sofreu profundas obras ao longo dos séculos, desde a campanha promovida a partir de 1556 pelo vigário-geral frei Luís de Montóia (de que resta o claustro), à que se seguiu à ruína provocada pelo terramoto de 1755, dirigida pelos arquitectos Caetano Tomás de Sousa e Manuel Caetano de Sousa, que lhe conferiu o actual carácter tardo-barroco, com planta cruciforme, nave de cinco tramos e altares de talha do final do Rococó. Estão classificados a Sacristia e as capelas intermédias da igreja, e o túmulo de D. Mendo de Foios.
A Sacristia abre (num átrio decorado com decoração azulejar dos séculos XVI, XVII e XVIII, de que se destacam os painéis com temática de "grotesco") com a notável portada barroca do tempo de D.
Pedro II, atribuída a um dos arquitectos régios do tempo (Luís Nunes Tinoco ou João Antunes), com seus finos colunelos berniniescos em mármore rosa e frontão interrompido onde duas figuras de anjos sustentam o escudo de armas de D. Mendo de Fóios, secretário de Estado desse monarca, que dirigiu as obras. O espaço barroco da Sacristia alberga dois monumentais espaldares de mármore (num deles, o túmulo de Mendo de Fóios, com busto de fino lavor), o tecto alegórico por Pedro Alexandrino de Carvalho, ricos arcazes e azulejos rococó de temário mariano e algumas telas barrocas joaninas.
As capelas intermédias do corpo do templo, erguidas na campanha de Caetano Tomás de Sousa, com altares de entalhe rococó de colunas coríntias, integram uma série de boas esculturas setecentistas. Uma delas, a de Santa Rita de Cássia, esconde restos da primitiva capela do Arcanjo Rafael, com baixos-relevos da segunda metade do século XVI com cenas do Velho Testamento e com um tecto apainelado com seis pinturas alegóricas, atribuídas a Fernão Gomes e a Francisco Venegas, este último autor, também, da tábua maneirista representando Santa Maria Madalena penitente que se encontra hoje na sala abobadada de berço à esquerda da entrada do templo".
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(Fotos: DGEMN)

Mas, não seria melhor ser outra coisa? O quê?
 
Por exemplo, a sede da Orquestra Metropolitana de Lisboa, com tudo o que isso acarreta de novo impulso em termos de dinâmica, juventude, revitalização do comércio, reformulação da rede viária, estacionamento e transportes públicos.

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Ver: Ficha da DGEMN