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O Bairro de Alvalade é
um bairro com características especiais:
* está
dividido ao meio (sob 2 Juntas distintas), e em cruz, pela Avenida de Roma, e pela Avenida da Igreja, sendo delimitado
a Norte pela Av.Brasil e a Sul pela dos E.U.A.;
* os seus lados são quase simétricos, mas são bem diferentes: um é 90% habitação, bastante
arborizado e relativament calmo; e o outro é um centro comercial ao ar livre, com trânsito congestionado e
pouco arborizado.
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Diagnóstico:
Esta zona, que pertence
à Junta de São João de Brito e tem mais de 20.000 fregueses, tem os seguintes pontos fortes:
* predomina a habitação sobre os escritórios;
* comércio tradicional
continua vivo, inclusive o mercado;
* o Clube Atlético de Alvalade
é um dos pilares do bairro;
* há boas escolas
como a Eugénio dos Santos e o Dona Leonor;
* há um bom centro
de saúde no Hospital de Júlio de Matos;
* a zona tem bastantes
cafés e serviços de restauração;
* os plátanos da
Avenida da Igreja conseguem resistir aos atentados que se vão sucedendo.
Mas tem também diversos
pontos fracos, como sejam:
*
há uma crescente especulação imobiliária;
* há diversas escolas,
nomeadamente as primárias, a necessitarem de obras urgentes;
* o Cinema
Alvalade, que era a única sala de espectáculos da zona, foi deitado abaixo perante a passividade
de quem de direito;
* o trânsito é
confuso, congestionando, quando não caótico;
* o estacionamento
é anárquico e selvagem;
orque sofre dos maiores problemas dos bairros de Lisboa:
* a pequena criminalidade
está em crescendo;
* o espaço público
é vandalizado;
* há proliferação
de marquises, a esmagadora maioria ilegais;
* a calçada encontra-se
em mau estado;
* aos logradouros
é-lhes dado péssimo uso;
* ainda há barracas
(ex. Bairro S.João Brito, junto ao aeroporto).
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O
objectivo é fazer deste bairro, em particular da Avenida da Igreja, um "caso de sucesso", englobando-o numa solução integrada
com a requalificação total da Avenida de Roma.
Medidas:
1. Fecho do trânsito
na Avenida da Igreja, troço Pç. Alvalade – Av. Rio de Janeiro, reservando-o a moradores,
comerciantes e cargas e descargas;
2. Fecho do trânsito nas perpendiculares da Avenida da Igreja, nomeadamente a norte, na Rua Luís Palmeirim (Escola Eugénio dos Santos), junto à Av. Roma, e na R. Centro Cultural/R.
Acácio Paiva (junto à Av. Rio de Janeiro), e a sul nos "T" e nas ruas que desembocam na R.Maria Amália Vaz de Carvalho (Liceu
Raínha Dona Leonor);
3. As carreiras da Carris que passam actualmente por esse troço
da Av. Igreja devem ser desviadas para a Av.Brasil (sentido Pç. Alvalade Av. Rio Janeiro), subindo a Avenida de Roma
e entrando mais à frente na Av. Rio de Janeiro, onde continuarão os seus trajectos. No regresso, em vez de entrarem na Avenida
da Igreja, deverão fazê-lo pela Rua Marquesa de Alorna (junto ao Liceu Raínha Dona Leonor), voltando à Pç.Alvalade, pela Avenida
de Roma;
4. A mobilidade dos cidadãos dentro da zona restrita será assegurada por
viaturas "Porta-a-Porta";
5. Criação de parque
de estacionamento público subterrâneo, no terreno camarário contíguo ao Mercado de Alvalade (onde João Soares quis colocar
os "feirantes" da Pç. Espanha), com capacidade para 500 automóveis, entrada e saída pela Av. Rio de Janeiro;
6. Pedonalização do troço da Avenida da Igreja fechado ao trânsito,
com a duplicação dos passeios laterais, abertura de esplanadas das dezenas de cafés e restaurantes existentes; uniformização
de separadores entre esplanadas, toldos, mobiliário exterior, etc;
7. Abertura
de cafés e esplanadas no lado poente do Mercado, no largo composto pela junção de R. José Duro/R.Luís Palmeirim, que permitam
a existência de uma verdadeira praça, onde existe um espaço verde que urge requalificar e proteger da construção do parque
de estacionamento subterrâneo em fase de aprovação na CML;
8. Requalificar o Mercado de Alvalade, alargando o seu
horário de abertura ao público, com manifestações culturais que revitalizem aquela zona durante a noite, domingos e feriados
(ex. concursos gastronómicos, quermesses, abertura de ateliers, etc.);
9. Fazer respeitar a lei no que se refere ao uso dos logradouros,
e construção de marquises;
10. Arborização de todas as perpendiculares à Avenida da
Igreja, com espécies adequadas.
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Paralelamente, a Avenida de Roma deve também ser alvo de uma profunda
requalificação desde a Avenida Brasil à Praça de Londres, de modo a evitar que esta avenida se torne numa via rápida de periferia.
Como?
1. Pelo reperfilamento (alargamento e alinhamento) dos passeios;
2.
Pela implementação
de lombas e outra medidas de redução de velocidade;
3.
Pela reformulação do tempo de semaforização
4.
Pela harmonização do desenho da calçada desses
passeios;
5.
Pela renovação e reformulação das fileiras de
candeeiros;
6.
Pela eliminação do separador central;
7.
Pela efectiva existência de corredores BUS;
8.
Pela arborização integral dos passeios, de forma
harmoniosa e com as espécies adequadas;
9.
Pela reformulação das esplanadas;
10.
Pela requalificação das marquises;
11.
Pela criação de esplanada no topo Norte do jardim
do Lg. S. João de Deus, na Praça de Londres.
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