FÓRUM CIDADANIA LISBOA

Avenida da Liberdade

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Ficha de inscrição

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DIAGNÓSTICO:

 

A Avenida é o único «boulevard» de Lisboa, mas já não tem nem 10% da traça nem da qualidade de vida dos tempos dos nossos pais. Porquê?

 

 - Porque 90% do edificado antigo já não existe e os 10% que faltam estão em risco de desaparecerem;

 

- Porque a habitação deu lugar a escritórios;

 

- Porque se respira mau ar e se ouve ruído em demasia;

 

- Porque das salas de espectáculo (Capitólio, Maria Vitória, ABC, Variedades, Tivoli, São Jorge, Condes, Odéon, Olympia e Éden) que a faziam viver apenas resta um Tivoli telenovelesco e um São Jorge a meio gás;

 

Porque a Avenida está «emparedada» por automóveis, semáforos, etc., que não permitem aos lisboetas o seu usufruto, para passearem, nem sequer gozarem da vizinhança do Jardim Botânico ou das Portas de Santo Antão, e dos jardins do Torel e de São Pedro de Alcântara;

 

- Porque a Avenida não tem «chama própria», etc.  

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PROPOSTAS de relançamento dos 1.276 metros da Avenida de Liberdade como local de passeio e diversão, por excelência, mas também local de residência e serviços:
 
 
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MOBILIDADE

 

1. «Pedonalização» das faixas laterais asfaltadas, permitindo uma maior interligação entre a zona arborizada da Avenida (do Marquês aos Restauradores) e os passeios laterais, em que abundam hotéis, miradouros e zonas de diversão que importa revitalizar, como a Praça da Alegria (Ritz Club, Hot Clube, etc.), o futuro Parque Mayer (cuja trasformação em jardim, recuperando o Capitólio seria a hipótese mais sensata), e as Portas de Santo Antão (Atheneu, Odéon, Casa do Alentejo, Palácio da Independência, etc.), com a instalação de esplanadas, etc.

2. Alargamento das placas centrais, com estreitamento das faixas de rodagem para 2 vias de trânsito condicionado a partir do Marquês de Pombal, onde passarão a circular única e exclusivamente autocarros não-poluentes, táxis, moradores, cargas e descargas e serviço de hotel.

A sul dos Restauradores, isto é, no Rossio, Rua 1º Dezembro, Calçada do Carmo, etc., o trânsito ficará também,
 
condicionado a táxis, moradores, cargas e descargas ... OU
sujeito a portagem (cobrança alta e dissuasora) a não residentes, reduzindo-se drasticamente o número de automóveis. As ruas poderiam ser todas em empredado e não se correria o risco de asfixiar a Baixa. Desta forma os hábitos seriam alterados e eventualmente mais tarde o trânsito poderia ser todo cortado (excepto cargas e descargas, táxis e moradores).
 
As carreiras de autocarro que actualmente passam pelo Terreiro do Paço, Praça da Figueira e Rossio, passarão a circular pela Rua da Madalena (sentido ascendente) e Rua dos Fanqueiros (sentido descendente).
 
Razão: Não faz sentido continuarmos a ter o trânsito que temos no Rossio, Rua do Ouro, Rua da Prata e Terreiro do Paço.
 
3. Por sua vez, no hemisfério norte da Avenida o trânsito circulará transversalmente como até aqui, pela Rua das Pretas/Praça da Alegria, Rua Barata Salgueiro, Rua Alexandre Herculano. As ruas Rosa Araújo (troço Avenida/Rua Mouzinho da Silveira) e do Salitre (a partir da Rodrigo da Fonseca) ficarão condicionadas da mesma forma que a Sul dos Restauradores.
 

4. «Pedonalização» da Rua de São José, desde a Rua Barata Salgueiro até ao Largo da Anunciada, incluindo Rua dos Condes, permitindo um corredor quase contínuo desde a Rua Augusta até ao Marquês.

 

5. Maximização das potencialidades dos elevadores da Glória e do Lavra, este último enquanto transporte privilegiado para a magnífica zona que compreende o Jardim do Torel, Campo Mártires da Pátria, Calçada da Pena, etc.

 

6. Lançamento de passe "eléctrico-elevador-museu".

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PATRIMÓNIO E LAZER 
 
1. Lançamento de concurso de ideias para quiosques, esplanadas, coretos, etc. que permitam revitalizar a Avenida durante toda a semana, com iniciativas que fidelizem públicos.

 

2. Transformação do Cinema São Jorge em sala única, e na "casa do cinema português", onde todos os filmes portugueses tenham estreia obrigatória, bem como cinema português de "reprise". Devem ser estabelecidos protocolos com o ICAM, com distribuidores e com a Cinemateca Portuguesa. A programação do São Jorge deve também estar em sintonia com a dos outros equipamentos da CML, e deve ainda apostar em espectáculos musicais que se adequem à sala. Gestão privada, objecto de concurso nacional.

 

3. Recuperação do Capitólio como centro do futuro jardim, exibindo cinema e teatro de revista. Protocolo com a Cinemateca Portuguesa e com 1-2 encenadores de revista. Gestão privada, objecto e concurso nacional.

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4. Criação do Atelier-Museu Alfedo Keil, na esquina da Avenida da Liberdade com a Praça da Alegria. A CML deve acordar com o proprietário a comparticipação na sua reabilitação e garantir a concessão à CML da exploração do 2º andar direito, como atelier-museu de Alfredo Keil, andar em que o pintor e músico viveuA CML deverá entrar em contacto com os herdeiros do mesmo, a fim de garantir o indispensável núcleo museológico e espaço de memória, em colaboração com a Sociedade de Belas Artes e o Conservatório Nacional.  Gestão: Centro Nacional de Cultura.
 
5. Dinamizar a zona envolvente do Jardim do Torel, por exemplo através da criação do "percurso Wenceslau de Moraes", e da divulgação do imenso património existente na zona, a começar pela belíssima Igreja da Pena.
 
6. Congregar esforços com os herdeiros e quem de direito, no sentido de se desenvolver uma Fundação Duque de Saldanha, de capitais públicos e privados, com vista à recuperação do Palácio da Anunciada, jardins e anexos (edifício imediatamente a norte do Atheneu),e ao desenvolvimento de estudos e debates daquela eminente figura da nossa história.
 
7. Intervenção urgente no belo edifício do Atheneu Comercial de Lisboa, no sentido de dignificar aquela instituição histórica, mormente a nível da gestão, recuperação e reordenação do espaço e das actividades ... porque não a instalação do Museu da Moda, do coleccionador Francisco Capelo?
 
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8Aquisição, e recuperação fiel do Cinema Odéon como "casa do cinema independente", complementando essa aposta com teatro "chave-na-mão", merchandise direccionado e ciber-café na loja anexa. Gestão: privada, de preferência alguém já com provas dadas na exibição de cinema independente.